quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Democracia, propriedade, capitalismo



Qualquer que seja o tempo que se olhe para a sociedade, Pode-se por este olhar, conhecer o passado, bem como seu futuro. Não existe novo dia, ou nova época que não seja conseqüência do que se fez no dia ou da época anterior. Entre o passado e o presente e o futuro: um diálogo.

A história de qualquer sociedade depende dela própria, na ação ou na omissão diante dos acontecimentos.

Capitalismo
Irônico: em todas as sociedades capitalistas e democráticas do mundo, a classe burguesa, rica, que domina a sociedade, representa: meio% ou menos, da população e estas sociedades, se organizam em leis e instituições que não representam a vontade do povo.
O fato das leis não representarem a vontade do povo, não permite que, “todos sejam iguais perante a lei”.
E por que? Porque a sociedade é capitalista. Para ela a desigualdade não é injustiça, não é justiça negada.
A classe rica, (meio% ou menos), financia os políticos, depois impõe suas vontades, que se transformam em leis, instituições, projetos e obras.
A vontade dos ricos é antagônica a vontade do povo pobre, afinal, rico e pobre são classes em luta.
O Estado é propriedade do capital, no mínimo, ele serve para gerenciar os interesses do capital. Democracia é disfarce.

Propriedade
A sociedade capitalista tem por base a propriedade privada, garantida por lei, que nunca se aprimora para conhecer a origem e a razão da sua existência. Embora muitos saibam.
Propriedade tem proprietário e ele, somente ele tem direito de negociá-la, mais ninguém.
A privatização da natureza é injustificável, qualquer que seja o recurso natural, é inadmissível que alguém seja dono em detrimento da própria natureza, em detrimento da humanidade, em detrimento do povo onde é explorada, em detrimento dos direitos humanos.
Pior, o capitalismo não se constrange ao privatizar o homem, bem natural, recurso da humanidade, transformado em mercadoria, incorporado aos meios de produção, para gerar mais valia na acumulação do capital. Responsabilidade do próprio homem, seja ele propriedade ou, seja ele proprietário.
O estado capitalista também não se constrange ao privatizar seus lucros e socializar seus prejuízos, tratando o povo seu proprietário, como sua propriedade. Inversão surreal.
Os pobres, as vítimas, os que pagam com a socialização destes prejuízos são números de guerra, no massacre desta luta de classes. Negação de escola, negação de política habitacional, negação de direitos trabalhistas, repressão violenta às manifestações por políticas públicas, mortes de jovens pobres pela periferias da sociedade.
O massacre de crianças e jovens é negação de futuro à sociedade.


domingo, 21 de agosto de 2016

Democracia - 1




Democracia


De dia passo pensando e de noite
Sonho contigo democracia
Esta traição que nos separa,
vai tentar impedir nosso reencontro.

Não podemos dispersar como o vento
Nem nos consolar com lembranças
Recordando enquanto o tempo passa
Sonho contigo democracia

Quando nos reencontrar
Nossa vontade será o caminho
E nunca mais a traição vencerá
Sonho contigo democracia.

sexta-feira, 15 de julho de 2016

Golpe Brasil 2016




Não existe diálogo entre a Constituição e a realidade. A ausência deste diálogo desconstrói o Brasil Democrático que com sacrifício se tenta construir.

O Golpe que destituiu a presidenta, nega o que se deve entender por:
-República, que quer dizer coisa pública, que pertence ao povo;
-Democracia, que quer dizer governo do povo;
-Estado Democrático de Direito, que quer dizer que o Estado, figura política da República, é regido por leis, que são a vontade do povo, determinadas pela discussão democrática.
Isto só é possível através do poder único e absoluto que emana do povo, e, do exercício deste poder em nome do povo e que, deve ser exercido pelo povo ou por representantes escolhidos diretamente por ele.

Este Golpe ao negar a constituição, sequestrou a soberania do povo, a cidadania e a dignidade humana das pessoas, ferindo gravemente este “Princípio Fundamental”, estabelecido pelo Direito Humano da “Livre Determinação do Povo”.

Traição hedionda.
Representante que desconsidera a representação, trai o povo, trai a democracia pela qual foi escolhido representante. Para exercer o poder é preciso, antes de assumi-lo, em seção solene, jurar respeito a Constituição.


CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988
PREÂMBULO 
Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembléia Nacional Constituinte para instituir um Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução pacífica das controvérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte

Dos Princípios Fundamentais
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:
I - a soberania;
II - a cidadania;
III - a dignidade da pessoa humana;
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
V - o pluralismo político.
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.

O primeiro artigo da Constituição é base fundamental para definir todo universo social, político e jurídico do Brasil. O que não estiver de acordo com ele é ilegal, inconstitucional. Não importa que seja um artigo da própria constituição.



Dilma, a presidenta, é símbolo da Virtude Constitucional da REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL.

quarta-feira, 13 de julho de 2016

Se não pensa, não existe.

do blog xirupitanga:



Quando a ordem era escravista, o pensamento era feudal; na ordem capitalista, o pensamento é burguês. O pensamento sempre é o da classe que domina.

Pelo pensamento: a lei, a cultura e por eles toda produção social, sem importar se ela é expropriada para beneficiar uma minoria. Sempre foi. Para o trabalhador impor a sociedade seu pensamento: primeiro, desenvolvê-lo, depois rever as leis e a cultura, ou no máximo ir tentando reformas.

Não Importa se a maioria foi escrava ou é proletária. É parte da propriedade privada, tem dono. Garantia dada pela lei, pela cultura. Hoje se é livre para escolher os donos, principalmente no  trabalho, e no consumo.

No Brasil Monarquia, a massa da população era de negros e escravos, seres humanos, que viviam sem dignidade, tidos como coisas para produzir, sem direito de ser gente, de reclamar, de sonhar.

No Brasil República, mesmo com o branqueamento forçado, principalmente a partir da imigração branca, ainda mais da metade da população é negra, IBGE-2010, mas a massa da população é proletária, formada por um povo miscigenado, com aproximadamente mais de 80% com renda familiar, de, até 3 salários mínimos. Pobreza geral.

Escravo elevado a cidadão promovido a consumidor, propriedade do patrão, do mercado, do estado, e, ele acha que é democrático e a democracia lhe pertence por direito.
Enquanto a classe proletária não tiver o seu pensamento próprio, a sua própria cultura, pensará como burguês para servir a burguesia. Não que ele queira, mas como negar?