domingo, 20 de março de 2016

Feudalismo e sua nova já velha roupa

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A burguesia, o capital, só se desenvolve através dos trabalhadores.

O trabalhador sobrevive quando consegue trabalho e o trabalho só existe quando serve ao capital.

Ao conseguir o trabalho, com o amparo e garantia da lei, o trabalhador no exercício pleno da liberdade de mercado, se vende como uma mercadoria qualquer, a mercê da oferta e da procura.

A burguesia desde a Revolução Francesa se amplia e se desenvolve sobre a sua principal propriedade privada, que é o proletário: “trabalhador, cidadão, eleitor, consumidor...”

Os governos do estado representativo não são se não um comitê para gerir os negócios comuns de toda a classe burguesa.

Eleição para escolha de representante: voto, candidato e eleitor são mercadorias compradas e vendidas pela burguesia, nas mais diferentes barganhas e formas. Dando para o cidadão, orçamentos e outros interesses a qualificação de propriedade burguesa.

Democracia, do proletário propriedade, para o interesse do capital, da burguesia.

O fim de todas as propriedades burguesas reside na consciência do proletário.

E bastará entender que nada se tem a perder, a não ser a algema mental.

quinta-feira, 17 de março de 2016

Revolução -



Lendo Florestan
A ideia de que hoje, os conflitos não têm uma base de classe revolucionária não é para preocupar.
A negação da ordem é uma função natural da liberdade em todas as atividades do homem, principalmente pelo trabalho livre junto a produção social.
Os que se vendem pelo trabalho, mais cedo ou mais tarde, vão se organizar para travar a derradeira luta contra a burguesia proprietária da força de trabalho e da produção social.
A menos que a burguesia se entregue ao seu próprio holocausto, os conflitos de classe não podem desaparecer.
Os conflitos têm sido contidos, até reprimidos de forma prolongada, e esta é a contra-revolução defensiva, que se tem realizando, em escala mundial.
Muitos são os conflitos e suas repressões presentes no dia a dia.
A burguesia avança para a sua destruição se o estágio da propriedade privada e da expropriação da produção social não for ultrapassado.
Os que se vendem para o trabalho é quem deve se negar a entregar-se a este mercado, por qualquer que seja o valor de uso, para todos e em todas as partes do mundo.
A burguesia dispõe de recursos para oprimir e reprimir, na defesa violenta do seu status, dentro de limites ainda desconhecidos, mas não pode impedir para sempre esta rebelião nem tampouco impedir o fluxo da história quando se corrigirá as distorções da democracia.
E neste caminho, mesmo nos trecho de maior incerteza, cabe aos revolucionários enfrentar com otimismo os desânimos, as incompreensões e submeter-se até a clandestinidade se preciso, a favor do curso da história, pelo advento de um mundo melhor para a Humanidade.
Esta contra-revolução demonstra, que o Manifesto ainda está em dia com as correntes históricas, embora fosse preferível dizer, atualmente:
“PROLETÁRIOS DE TODOS OS PAÍSES, O MUNDO VOS PERTENCE. IDE À REVOLUÇÃO MUNDIAL!”

Em Florestan Fernandes – O Que é revolução.