Lendo Florestan
A ideia de que hoje, os conflitos não têm uma
base de classe revolucionária não é para preocupar.
A negação da ordem é uma função natural da liberdade
em todas as atividades do homem, principalmente pelo trabalho livre junto a produção
social.
Os que se vendem pelo trabalho, mais cedo ou
mais tarde, vão se organizar para travar a derradeira luta contra a burguesia
proprietária da força de trabalho e da produção social.
A menos que a burguesia se entregue ao seu
próprio holocausto, os conflitos de classe não podem desaparecer.
Os conflitos têm sido contidos, até
reprimidos de forma prolongada, e esta é a contra-revolução defensiva, que se
tem realizando, em escala mundial.
Muitos são os conflitos e suas repressões presentes
no dia a dia.
A burguesia avança para a sua destruição se o
estágio da propriedade privada e da expropriação da produção social não for
ultrapassado.
Os que se vendem para o trabalho é quem deve se
negar a entregar-se a este mercado, por qualquer que seja o valor de uso, para
todos e em todas as partes do mundo.
A burguesia dispõe de recursos para oprimir e
reprimir, na defesa violenta do seu status, dentro de limites ainda desconhecidos, mas não pode
impedir para sempre esta rebelião nem tampouco impedir o fluxo da história quando
se corrigirá as distorções da democracia.
E neste caminho, mesmo nos trecho de maior
incerteza, cabe aos revolucionários enfrentar com otimismo os desânimos, as
incompreensões e submeter-se até a clandestinidade se preciso, a favor do curso da
história, pelo advento de um mundo melhor para a Humanidade.
Esta contra-revolução demonstra, que o Manifesto
ainda está em dia com as correntes históricas, embora fosse preferível
dizer, atualmente:
“PROLETÁRIOS DE TODOS
OS PAÍSES, O MUNDO VOS PERTENCE. IDE À REVOLUÇÃO MUNDIAL!”