sexta-feira, 15 de julho de 2016

Golpe Brasil 2016




Não existe diálogo entre a Constituição e a realidade. A ausência deste diálogo desconstrói o Brasil Democrático que com sacrifício se tenta construir.

O Golpe que destituiu a presidenta, nega o que se deve entender por:
-República, que quer dizer coisa pública, que pertence ao povo;
-Democracia, que quer dizer governo do povo;
-Estado Democrático de Direito, que quer dizer que o Estado, figura política da República, é regido por leis, que são a vontade do povo, determinadas pela discussão democrática.
Isto só é possível através do poder único e absoluto que emana do povo, e, do exercício deste poder em nome do povo e que, deve ser exercido pelo povo ou por representantes escolhidos diretamente por ele.

Este Golpe ao negar a constituição, sequestrou a soberania do povo, a cidadania e a dignidade humana das pessoas, ferindo gravemente este “Princípio Fundamental”, estabelecido pelo Direito Humano da “Livre Determinação do Povo”.

Traição hedionda.
Representante que desconsidera a representação, trai o povo, trai a democracia pela qual foi escolhido representante. Para exercer o poder é preciso, antes de assumi-lo, em seção solene, jurar respeito a Constituição.


CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988
PREÂMBULO 
Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembléia Nacional Constituinte para instituir um Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução pacífica das controvérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte

Dos Princípios Fundamentais
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:
I - a soberania;
II - a cidadania;
III - a dignidade da pessoa humana;
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
V - o pluralismo político.
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.

O primeiro artigo da Constituição é base fundamental para definir todo universo social, político e jurídico do Brasil. O que não estiver de acordo com ele é ilegal, inconstitucional. Não importa que seja um artigo da própria constituição.



Dilma, a presidenta, é símbolo da Virtude Constitucional da REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL.

quarta-feira, 13 de julho de 2016

Se não pensa, não existe.

do blog xirupitanga:



Quando a ordem era escravista, o pensamento era feudal; na ordem capitalista, o pensamento é burguês. O pensamento sempre é o da classe que domina.

Pelo pensamento: a lei, a cultura e por eles toda produção social, sem importar se ela é expropriada para beneficiar uma minoria. Sempre foi. Para o trabalhador impor a sociedade seu pensamento: primeiro, desenvolvê-lo, depois rever as leis e a cultura, ou no máximo ir tentando reformas.

Não Importa se a maioria foi escrava ou é proletária. É parte da propriedade privada, tem dono. Garantia dada pela lei, pela cultura. Hoje se é livre para escolher os donos, principalmente no  trabalho, e no consumo.

No Brasil Monarquia, a massa da população era de negros e escravos, seres humanos, que viviam sem dignidade, tidos como coisas para produzir, sem direito de ser gente, de reclamar, de sonhar.

No Brasil República, mesmo com o branqueamento forçado, principalmente a partir da imigração branca, ainda mais da metade da população é negra, IBGE-2010, mas a massa da população é proletária, formada por um povo miscigenado, com aproximadamente mais de 80% com renda familiar, de, até 3 salários mínimos. Pobreza geral.

Escravo elevado a cidadão promovido a consumidor, propriedade do patrão, do mercado, do estado, e, ele acha que é democrático e a democracia lhe pertence por direito.
Enquanto a classe proletária não tiver o seu pensamento próprio, a sua própria cultura, pensará como burguês para servir a burguesia. Não que ele queira, mas como negar?